domingo, 7 de setembro de 2014

Na estação


Quando te conheci nada sabia de você, e nem você de mim.
Apenas que algo para mim era novidade para ti.
Em uma tarde sem compromisso trocamos algumas horas, e conversas engraçadas.
Nunca imaginei criar laços com uma menina que sai para balada, que usa salto alto, passa maquiagem, faz a unha, e se diverte.
Mas como a vida é engraçada né.
Aos pouco vi você dentro da minha casa, nós duas apenas, e confidencias crescendo, e aprendendo.
Até me deparar um domingo de manhã com uma mulher de esmalte vermelho dormindo ao meu lado.
Aquilo foi um choque para mim, mas depois virou hábito, as cores que coloriam suas unhas em cada semana.
Como um filme de Almodôvar, ou um quadro de Frida Kahlo.
Enquanto eu tão ingênua, e você tão mulher.
Até o dia da sua escolhe em ter sua casa, em ter seu cachorro.
E cada dia víamos que, o que sempre tivemos ficam cada vez grande, que cabe só a nós o nosso mundo.
Eu me apaixonei por você no primeiro instante em que estivemos juntas, devido a sua astúcia em querer estar na minha presença, na minha casa, e compartilhar do que mais gostava naquele momento.
Eita mulher porreta, passar o que se passa com você se dá histórias sem fim para nós.
E foi assim cada descoberta contigo todos os dias, minha amiga, meu aprendizado, meu anjo da guarda...