quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Branco



Apareceu um fio.
Vieram dois.
Fizeram sua morada.
Eu gosto dos meus cabelos brancos,
entrelaçados com os castanhos.
Experiência ?
Vivência ?
Idade ?
Nada disso.
Apenas fios brancos.
Tintura pra que ?
Pra quem ?
Se tudo aqui é o contexto da paz.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Meu, seu, comigo



O que a vida anseia ?
Quais as suas respostas, se nem me fez perguntas ?
Será o mesmo caminhar ?
Então perceba, que os meus passos agora estão distantes dos seus.
Ainda cruzo meu olhar com o seu, tenho o mesmo amor, mas a trilha é minha.
Qual sua coragem para cá pisar ?
Não será difícil sermos uma trilha só, agora.
Você sempre chega tão rápido a mim,
Qual a sua dificuldade ?
Estou aberta, mas veja o que sou, o que é.
O que podemos ser.
Seus anseios são os mesmos, que um dia eu quis.
Agora quero os meus, junto com os seus.

domingo, 10 de novembro de 2013

Carona


Quando a gente começa a viver,
Todos querem carona nesse sorriso.
A bagagem ainda é pesada, ninguém desceu na 1º estação.
Mas isso não atrapalha, ainda agrega.
Novidades chegaram, descobertas.
Mudanças eu te peço.
Outros olhos,
Outros amores,
Outras rotas.
Com você, com muitos, centenas, milhares...
Ou apenas comigo mesma.

Magnetizar


Tonta eu de acreditar que além de sentir sua falta, você não sentiria a mesma falta...
Mas falta do que ???
Falta de mim
Falta eu no seu acervo ?
Uma coletânea ?
Um marca página dentro de um baú, em meio a algum livro...
Agora não é hora.
Hora essa sem previsão.
Nada de sol, nem tempestade.
Apenas um tremer da agulha da bússola...
E onde isso chegará ?
Ainda não sei, mas eu não quero chegar em lugar algum...
Apenas em mim, e dai fazer a rota sem um destino traçado.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Fadas, Feras e Lobo-Mal




Quem tem medo do lobo-mal, lobo-mal....
O conto sai dos livros e vem pra vida real.
Não sou a chapeuzinho, nem a vovózinha, muito menos o lobo-mal.
Estou mais pra fera...
Fera pra viver a vida...
Fera pra curtir a mim...
Fera pra ser apenas o meu melhor...
Fera pra chegar na frente, sem medo do que ficou logo ali...
Fera pra olhar nos olhos do lobo-mal, e saber que ainda o amo...
Fera pra não ter medo desse amor.
Mas muito mais fera pra ponderar o enlaces dos contos de fadas...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Palheiro


Eu deixei minha agulha cair no meio do palheiro.
Num celeiro.
Fica bem lá.
Faz a curva, e chega.
Com essa agulha eu remendo os meus pedaços, de mim.
Mas preciso encontra-lá.
Não me atrevo, pois algum alfinete pode me espetar.
O que vem depois desse (d)espertar ?
Meus olhos não enxergam esse despertar, mas sim o meu espertar.
Quero tão bem você, mas quero muito mais a mim, comigo, por perto.
Acho que em qualquer armarinho compro uma agulha nova.
E assim termino a boneca de pano que você fez com meu coração.



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Altura


Quando vem o desapego, tem-se o desespero.
Do desespero,
o incontrolável.
O incontrolável ao erro.
Erro ?
Errar é humano ?
Insistir no erro é burrice ?
Burrice é não enxergar o que te faz viver.
Caber em si, por si próprio.
Parar de correr sem destino.
Tentar alcançar sem ter altura...
Nunca deixar de amar, e sim se libertar.
Não fugir de você, e sim me encontrar em mim.
Olhar nos olhos, em cada lance do pequeno encontro.
Enxergar ali que o seu amor é apenas seu,
E que você ainda pulsa no menor apego no meu coração.

Canto


Hoje é o dia atípico.
Tonta eu de achar que não sentiria a vontade de você.
Mas como eu li, isso te fortalece e me enfraquece.
Por que somos tão diferentes ?
Por que nossos caminhos escolheram trilhas opostas ?
Por que eu te necessito agora ?
Por que tenho que tirar o nada de você do muito da minha vida ?
Isso se torna tão incontrolável, que o mais forte e correr até seus olhos,
E dai nunca sair.
Mas isso sou eu.
Não sei até onde anda a sua vontade de mim.
Ou acho que ela nem existiu...
O que existe é apenas o meu amor, amor esse que vai sei lá pra que canto.